Somos interligados por uma teia interdependente?

Somos interligados por uma teia interdependente?

Somos interligados por uma teia interdependente?

Por que a pré-disposição para se expressar com mais amorosidade acaba restrita a familiares e pessoas próximas? Não estamos todos interligados de alguma forma?

Somos interligados por uma teia interdependente?

Quando se começa o contato com a CNV – Comunicação Não Violenta acredita-se que decorando, tendo um passo a passo, será possível mudar a forma como se escuta ou se expressa. Infelizmente não é assim que acontece, a CNV é uma forma que se escolhe para se ter uma vida mais plena e feliz. Ser autêntico sem ser grosseiro ou rude, cultivando a essência de Ser Humano que existe em cada um de nós. E, como diz o Marshall, vamos perdendo ao longo da vida.

Quando mudamos a forma de nos expressarmos e escutamos o outro com empatia, estamos fazendo contato com que o que temos de mais precioso dentro de nós, o Amor que está adormecido.

Na maioria das vezes essa pré-disposição para se expressar com mais amorosidade acaba ficando restrita a familiares e pessoas próximas, pois acreditamos que o outro é um desconhecido, o que é uma pena. O outro que não conheço, seja o motorista do ônibus, do Uber, alguém do trabalho, da escola, manobrista, garçom, atendente, etc. estão interligados a cada um de nós.

O nosso corpo é composto na maioria de água, em torno de 70% e o que a água é? Energia, se é energia ela tem uma vibração e essa vibração ressoa e se propaga como as ondas sonoras. Cada um de nós colabora para a leveza ou o peso do ambiente e isso depende dos pensamentos que emitimos a respeito de qualquer coisa, independentemente de estar próximo ou não, conhecer ou não alguém.

Isso não saiu da minha cabeça e sim de estudos científicos que está à nossa disposição a todo momento, nas universidades, nas redes sociais, nos livros.

Pichon Rivière em seu livro a Teoria do Vínculo nos coloca que o homem é uma só dimensão, a Humana e que ao mesmo tempo o indivíduo está integrado de forma totalitária em três dimensões: a mente, o corpo e o mundo. Estamos em constante processo evolutivo e o vínculo é estabelecido na totalidade do indivíduo.

Na CNV quando estudamos, aprofundamos sua abordagem e ampliamos sua perspectiva poderemos transitar pelos mais diversos tipos de interações consigo mesmo e com o outro.

A beleza da CNV está na capacidade do indivíduo poder se ressignificar e se reinventar sem perder sua identidade, mas sim buscar a sua verdadeira essência como Ser e assim ser capaz de olhar por trás do outro que a princípio parece ser um desconhecido.

Precisamos apenas dar um tempo, respirar e pensar sobre o pensamento e buscar nas entrelinhas o que o outro está querendo me dizer e não sabe fazer diferente do que aprendeu. Para ele é uma verdade e não está errado, pois são baseadas em suas próprias crenças do passado e que quando estas tornam-se rígidas e não questionadas acabam por se repetir ao longo da vida.

Mês passado comprei o livro La Corazón, da Roxana Cabut e Rael EL Yousni ambos facilitadores certificados de CNV.

Uma das perguntas que muitas pessoas fazem é como distinguir observação de avaliação. Neste livro eles colocam uma metáfora que para mim fez sentido e facilita explicar como podemos fazer. Então vou descrever para você.

Imagina que há 3 baldes na sua frente, o primeiro está cheio de gelo, o segundo em temperatura ambiente e o terceiro foi aquecido.

Agora imagine que uma pessoa mergulha sua mão no balde com gelo, durante um minuto, em seguida ela mergulha no balde de temperatura ambiente. Então você pergunta “Como está a água?”. Ela dirá que está “Quente”.

Agora imagine você mergulhando sua mão no balde com água aquecida durante um minuto. Você tira a mãe do balde e em seguida a coloca no balde com temperatura ambiente. Então essa pessoa pergunta: “Como está a água?”. Você dirá que está “Fria”.

Se vocês se encontrarem, muito provavelmente irão discutir porque um dirá que a água do balde do meio está “fria” e a outra que está “quente”. Cada um irá defender a sua opinião como “verdade”. O que de fato acontece é que cada um vivencia a sua como uma única realidade existente.

Agora se ambos colocarem as mãos nos dois baldes, poderão ter a possiblidade de explorar de forma diferente e abrirem espaço para perceber sua interligação.

Convido você a explorar esse caminho do meio e perceber as belas descobertas que estão encobertas pelas crenças do passado que se tornaram rígidas. Crenças essas que ainda controlam o seu presente e que o impedem de seguir em frente.

Gostou do artigo? Quer saber mais a Comunicação Não Violenta e como estamos interligados uns aos outros? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Wania Moraes
http://www.waniamoraes.com.br/

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